quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

"P: Oi, nossa, tu voltou!

F: ...

P: Que que é? Agora tem vergonha? Pelo amor de Deus, tu é a pessoa mais sem vergonha que eu conheço. Olha pra mim!

F: ...

P: É incrível, tu continua com essa tua cara sem sal, que nojo!

F: ...

P: E se eu te puxar pelos cabelos assim, hein? Isso é o que, sua vaca, cara de dor? É essa a cara escrota que tu faz quando tu sente dor? Não vai me olhar? Não vai falar nada? E se chutar tuas costas assim? Aaaah, tu geme, então! Mas que dúvida, hahaha! Sua puta! E se eu der um murro na tua boca assim? Bah, esse doeu, né? Ah, agora tu me olha? Fala, vagabunda, fala! Não vai falar? Que foi, tá sagrando? Lambe, engole, limpa com dinheiro, nota de cem dólares, que tu gosta tanto, recibo falso, tá tudo aqui, escolhe logo que tu vai ter bastante sangue espalhado, vai faltar papel! Mas tudo isso vai passar, né? A dor tu vai parar de sentir e tu é puta vagabunda, vai continuar sendo, o certo é te marcar. Tatuagem! Pode dar agulhada, Tião! Onde tu quiser, escreve nas costas bem grande "va-ga-bun-da", escreve na barriga, no braço tu coloca o caput do artigo 171 do Código Penal, isso, vai tatuando tudo. Não liga pra gritaria, não, puta gosta de gritar mesmo! Que que foi, sua vaca? Cara de nojo, de dor...? Não é bom foder os outros? Pois é! Deixa ela só de calcinha, Tião, assim mesmo! Pode, claro que pode, faz o que tu quiser com ela! Depois vamos dar uma voltinha na Avenida Goiás. É, só de calcinha, qual é o problema? Tu não gosta de putaria? Façamos putaria!"

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

A maioria das pessoas sempre fala sobre como as outras pessoas são más e ó, a maldade existe, nossa como existe bondade dentro de mim, eu sou puro e confio em todo mundo e ó! Não tô criticando porque às vezes eu me pego nessa também - apesar de não acreditar que exista alguém cem por cento bom ou cem por cento ruim. Todo mundo tem um pouco de maldade, todo mundo é um pouco ruim, todo mundo já mentiu ou mente e vai mentir. Tá, nem era isso que eu queria dizer, afinal, nem importa, todo mundo é assim, né?! Mas é muito bom encontrar pessoas que fazem bem pro coração. E elas também não são cem por cento bondade, entende? Eu diria "ah, são olhos atentos, carinho e bibibi", mas é tão clichê, não é só isso, o abraço encaixa, o coração encaixa, saca? Difícil definir!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Mudanças na Língua Portuguesa

Não sei se são só essas, mas de qualquer forma foi o link que eu achei com as Mudanças na Língua Portuguesa.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

dia de encontro

Hoje é dia 22/11, Thanksgiving nos Estados Unidos.
Dia de encontro em Miami!
Hoje é dia 22/11, não é Thanksgiving no Brasil.
Dia de encontro em São Paulo!

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Ciao!

(Manú, obrigada por emprestar a imagem! =***)

Ciao!

Tinha planejado falar várias coisas aqui... Digitar o meu diário de bordo, que conta a parte desconhecida do ditado "quem tem boca vai a Roma", que é hilário, trágico e romântico, hahaha! Ou escrever sobre esse outubro-estranho, ou qualquer coisa bem agradecida, bem feliz e realizada, bem otimista e ansiosa pra chegar logo o dia e tudo. Falar da preocupação com as intermináveis coisas da faculdade, ou falar da minha enorme vontade de ter oito anos e poder perguntar tudo-tudo pra Paula Toller.

Tá vendo, misturei todos os assuntos! hahaha

Deixa, quando eu voltar, eu arrumo isso aqui! Fui! Au revoir.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

pra quem gosta de literatura


Parece bobo, mas muitas vezes eu pensei se existiriam escritores como Clarice Lispector, sabe? E acho que muitas pessoas já pensaram nisso também, né?

Anyway, eu encontrei as(os) próximas(os) Clarices, Caios, Machados e muita, muita coisa boa, então resolvi colocar aqui... Porque são excelentes e merecem.
Então, aos apreciadores da literatura, deixo a dica. E não elogiarei muito pra não tomar tempo, porque enquanto vocês estão aqui, poderiam estar lá: Inventário das Delicadezas.

"Num tempo em que todos se apressam em publicar, como se o mundo fosse acabar amanhã, os autores deste livro trabalharam com paciência, e produziram uma obra madura. Inventário das delicadezas é também um inventário das formas possíveis de se enfrentar esse gênero tão complexo, tão delicado e tão perigoso que é o conto." [Charles Kiefer]

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

"que a saudade dói latejada..."

Apesar da semana de coação intelectual, eu tive que parar tudo e vir aqui pra soltar uma coisa que tá me sufocando... Não dá mais, agora eu tô sentido dor física, falta de ar forte demais - que aí já não é mais da bronquite -, então eu tenho que falar logo pra ver se passa e eu consigo cumprir todos os compromissos que estão marcados pro fim do ano. E o fim do ano me lembra tanto você... o fim, e o começo, o carnaval, a páscoa, dia das mães, dia de tudo, e todos os almoços de domingo e as tarde e fins de tarde de domingo, julho, e outubro, outubro, outubro, e o fim do ano, o fim. Poxa, acho que é a primeira vez que a saudade dói grande assim, antes eu sentia só uma saudade boa, quase um orgulho de ter participado da tua vida. Daí que ano passado foi tudo tão dolorido, meio anestesiado, tudo batido, rápido demais: 24 de dezembro - 5 4 3 2 1 - pronto, já é dia 25! Feliz Natal, todo mundo, vamos comer! E ninguém tocou no assunto, e todos os barulhos de tentativas de conversa ou de prato sendo servido eram silenciosamente cruéis - a comida não era a tua, o brinde não foi feito por você, e não foi você quem colocou os pratos na mesa. Olha, pra falar a verdade, eu nem lembro se teve amigo secreto... E mesmo assim foi tudo muito rápido, despreparado, triste, e parecia que era proibido falar alguma coisa sobre os últimos torturantes seis meses. Agora eu te pergunto, minha Dadá, como é que vai chegar outubro? E depois primeirodedezembro e depois, pior ainda, Natal. Natal? Poxa, e com tudo que aconteceu, ninguém mais se fala direito, você era o elo, entende? E a gente tentou manter o elo, você viu, você pediu e a gente tentou, mas não deu. Então agora não existe mais nada... Eu tenho medo, sabe? Eu não conheço outro Natal, não sei como vai ser, queria poder escolher e pular do dia 23/12 pro dia 01/01. Eu penso também nas tuas flores, na tua Santos tão amada, nas coisas da Dadá lá do quarto do fundo, é quase inacreditável ainda, inaceitável. Com quem eu reclamo, por favor? Cadê você pra botar ordem nas coisas? Por aí não tem o princípio do duplo grau de jurisdição?... ai, chega... Voltarei aos livros!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

"quando talvez precisar de mim, cê sabe que a casa é sempre sua, venha, sim..."

"Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque tenho medo e estou sozinho, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois" [CFA]

Eu sinto muita, muita falta do teu "jeito tão sem defeito", da sua voz e daquela musiquinha que você cantava pra mim. Eu sinto falta das suas piadas, das suas gargalhadas, das nossas poesias. Eu sinto falta das intermináveis discussões sobre política, ética, moral, justiça e tudo mais até a gente ficar muito puto e você me chamar de parte-da-extrema-direita-elitista-egoísta e eu te lembrar que eu sou tão "poliana" quanto você e te explicar que na verdade os nossos desejos/objetivos são os mesmos, o que muda é o caminho - e, depois de uma pausa, falar, morrendo de rir, que o que você não tinha percebido ainda era que o meu caminho é o mais certo. Eu sinto falta do nosso apelido, dos nossos desenhos, das nossas caretas, das nossas criações malucas, das nossas homenagens. Eu sinto falta de quando a gente bebia uma cerveja e você se fazia de bêbado dançando e cantando funk só porque sabia que eu ia rir um bom tempo sem parar. Eu sinto falta de quando você sumia no fim de semana e daí me ligava pra contar tudo que tinha aprontado e dizer que não estava valendo nem um real. Ou então quando você me ligava pra falar do seu grande e verdadeiro amor que eu tanto admirava. E eu também sinto falta de quando você me ligava todo sério "oi, pode falar?" e eu respondia "posso... tá tudo bem?" e você "tá, sim, mas eu não posso falar agora, te ligo daqui uns quinze minutos", hahaha. Sinto falta de quando você ia me apresentar e as pessoas já sabiam quem eu era porque você já tinha falado muito bem de mim. Eu sinto falta da sua família e de você falando que queria ser meu pai ou meu irmão e que sempre estaria aqui pra me pegar no colo. Eu sinto falta de você cobrando atenção, esperando aceitação e o jeito que você me tratava quando eu fazia manha. Eu sinto falta de ouvir os seus e te contar todos os meus segredos sem limites, sem escrúpulos, sem receios e sem nadinha de vergonha. Eu sinto falta de quando a gente se perdia nos nossos assuntos e tentava disfarçar, mas não dava porque a gente sabia muito bem que a gente se distraía sem querer. Eu sinto falta do seu paulistês exagerado. Eu sinto falta da nossa caixinha colorida onde a gente guardava nossas coisinhas, da nossa flor, sinto falta do nosso mundinho paralelo sem capital e sobretudo de quando a gente não se importava nem um pouco com o que iam pensar... Eu sinto falta de TANTA coisa! E fico aqui pensando como é que você não sente? É impossível, claro que você sente - calado, mas sente. O que será que você fez com tudo isso? Você não pode ter jogado fora porque é tudo muito grande e não cabe "fora", só cabe dentro da gente mesmo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

verdevício

[em hiato criativo e respiratório, hahaha]

"uma vez uma guia salamantina me disse que o verde era a cor do vício. Eu sempre achei que era 'esperança', mas essa idéia de verde = vício, no pior sentido possível, é muito mais verdadeira. E não me olha assim, isso, fecha os olhos! Pior que mesmo de olhos fechados dá pra saber que são verdes... Eu sei, a culpa não é tua, mas também não é minha, meu bem, NÃO ABRE OS OLHOS, que saco, tu bem sabes que me absorves inteiro assim, tchê! tá, desculpa, mas é que me irrita, eu não quero ser absorvido agora, não te dou abertura pra isso, tudo bem tudo bem, eu sei que tu também não queres me absorver, mas eu sinto muito, tu tens olhos vícios, digo, verdes, e eu não gosto do jeito intenso que eles me tratam..."

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Não sente mais, não existe mais euforia, e também não tem tristeza, apenas não sente mais. É o excesso, entende? Não sei dizer qual é o excesso, porque depois que você não sente mais nada, não consegue se lembrar direito o que exatamente te fez parar de sentir. É um bloqueio? As pessoas não são apagadas, nem o sentimento, de certa forma, mas tem isso de não sentir mais nada. E é bom, sabe? Não que eu concorde com aquele ditado "nem gosto nem desgosto" - porque aí depende de como ele é aplicado e tudo, as coisas não são tão simples assim -, mas é que na verdade essa coisa não sentir é decorrente de sentir demais, e aí, quando de repente as sensações somem, você acha estranho, claro, uma onda gigante cheinha de nada toma conta de tudo, e tudo fica homogêneo de uma hora pra outra - mas é bom.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

birthday party

G: e o primeiro pedaço vai pra quemmm?
P: pra você, mãe!
...
P: e o primeiro beijinho é teu.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Às vezes você sente, é uma mão pesada que vem de repente, meio sem motivo, e tapa sua boca. Não chega a ser um tapa, entende, mas também é forte e deixa uma dorzinha. E cala de verdade, depois você quer falar, tenta e a voz não sai. E aí é muito estranho porque você sente que a sua voz vai sair a qualquer momento sem que você consiga controlar, ela vai sair sem te avisar. Muy raro, no?!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

a boininha, os óculos, a blusinha preta e o meu cheiro bom
a barbinha, a mochila, a camiseta amarela e o teu cheiro bom
o carro preto, glory box, nosso veuve clicquot e o nosso cheiro bom
o beijo, o carinho, o cuidado, o choro e o abraço.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

tem aquele filme "os garotos da minha vida" e eu gosto daquela hora em que a Bev diz que a vida é feita de quatro ou cinco dias que mudam tudo. Na verdade eu penso que é um pouquinho mais que isso, mas é por aí... Há 1 ano eu era bem diferente, decepções e realizações mudam a gente, sabe?! É o que faz a gente se sentir viva. E desde julho do ano passado eu venho me decepcionando e realizando sonhos, perdi (em todos os sentidos) e ganhei algumas pessoas, situações com as quais eu não sabia que eu sabia lidar, encontros importantes que eu não tinha nem idéia de como seriam, uma fortaleza - e um pouquinho de frieza também - que eu não sabia que tinha, tudo virou aprendizado e uma caixinha de lembranças muito, muito especial. Alguns desses dias que decidem a vida, ou que alteram alguma coisa dentro da gente, com certeza aconteceram nesse último ano...