quinta-feira, 30 de agosto de 2007

verdevício

[em hiato criativo e respiratório, hahaha]

"uma vez uma guia salamantina me disse que o verde era a cor do vício. Eu sempre achei que era 'esperança', mas essa idéia de verde = vício, no pior sentido possível, é muito mais verdadeira. E não me olha assim, isso, fecha os olhos! Pior que mesmo de olhos fechados dá pra saber que são verdes... Eu sei, a culpa não é tua, mas também não é minha, meu bem, NÃO ABRE OS OLHOS, que saco, tu bem sabes que me absorves inteiro assim, tchê! tá, desculpa, mas é que me irrita, eu não quero ser absorvido agora, não te dou abertura pra isso, tudo bem tudo bem, eu sei que tu também não queres me absorver, mas eu sinto muito, tu tens olhos vícios, digo, verdes, e eu não gosto do jeito intenso que eles me tratam..."

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Não sente mais, não existe mais euforia, e também não tem tristeza, apenas não sente mais. É o excesso, entende? Não sei dizer qual é o excesso, porque depois que você não sente mais nada, não consegue se lembrar direito o que exatamente te fez parar de sentir. É um bloqueio? As pessoas não são apagadas, nem o sentimento, de certa forma, mas tem isso de não sentir mais nada. E é bom, sabe? Não que eu concorde com aquele ditado "nem gosto nem desgosto" - porque aí depende de como ele é aplicado e tudo, as coisas não são tão simples assim -, mas é que na verdade essa coisa não sentir é decorrente de sentir demais, e aí, quando de repente as sensações somem, você acha estranho, claro, uma onda gigante cheinha de nada toma conta de tudo, e tudo fica homogêneo de uma hora pra outra - mas é bom.